No meu computador pessoal, o acesso a Internet é através de um link de rádio. A autenticação no provedor utiliza PPPoE. Para configurar a autenticação no Windows XP, basta usar o cliente PPPoE que vem por padrão. No Ubuntu também é muito simples, basta executar o comando pppoeconf, e seguir os passos de configuração. Na maioria das perguntas só precisei selecionar a opção default. Fora isso, são solicitados username e senha do provedor. Ao término da configuração, a interface PPP já está configurada, e é ativada automaticamente na inicialização.

Apesar de a configuração acima ter funcionado no Ubuntu, a conexão parava de funcionar com frequência (a cada 20 ou 30 minutos, aproximadamente). Apesar de continuar aparecendo como ativa, eu não conseguia acessar nada. Quando isto ocorria, eu precisava executar o comando poff para encerrar a conexão e, em seguida, pon dsl-provider para restabelecê-la. A princípio, achei que fosse algum problema do provedor; porém, isso não ocorre no Windows XP.

Encontrei algumas referências a esse problema nos forums do Ubuntu, mas nenhuma solução definitiva. Para resolver, criei um script que verifica periodicamente se a conexão está ativa (na verdade, tenta pingar o site do provedor 3 vezes, aumentando o timeout a cada tentativa). Em caso negativo, executa os comandos poff e pon, conforme descrito acima, e repete o procedimento. Segue o script abaixo (salvei-o como /home/guilherme/scripts/internet.sh):

#!/bin/bash

cmd_ping="/bin/ping"
cmd_pon="/usr/bin/pon"
cmd_poff="/usr/bin/poff"
provider="dsl-provider"
host="www.radlink.com.br"
frequency="10s"
verbose=0

while [ true ]
do
    ok=0
    for timeout in 1 2 3
    do
        `$cmd_ping -q -c 1 -W $timeout $host > /dev/null 2>&1`
        if [ $? -eq 0 ]
        then
            ok=1
            break
        fi
    done

    if [ $ok -eq 1 ]
    then
        sleep $frequency
        continue
    fi

    `$cmd_poff $provider > /dev/null 2>&1`
    `$cmd_pon $provider > /dev/null 2>&1`
    if [ $? -ne 0 ]
    then
        $verbose && echo "Erro na conexão com o provedor"
        exit 1
    fi

    sleep $frequency
done

exit 0

Os parâmetros no início do script definem os paths para os comandos utilizados (ping, pon e poff), o nome do provedor, conforme foi especificado no comando pppoeconf (o default é dsl-provider), o host que será pingado e a frequência de execução do loop.

Para completar, coloquei este script na inicialização. Primeiro é necessário criar um script shell e salvá-lo no diretório /etc/init.d (usei este artigo como modelo):

#! /bin/sh

PATH=/usr/local/sbin:/usr/local/bin:/sbin:/bin:/usr/sbin:/usr/bin
DAEMON=/home/guilherme/scripts/internet.sh
PIDFILE=/home/guilherme/scripts/internet.pid
NAME=internetd
DESC="Internet"

test -f $DAEMON || exit 0

set -e

. /lib/lsb/init-functions

case "$1" in
  start)
    log_begin_msg "Starting $DESC: $NAME"
    start-stop-daemon --start --quiet --background -m --pidfile "$PIDFILE" --exec $DAEMON
    log_end_msg $?
    ;;
  stop)
    log_begin_msg "Stopping $DESC: $NAME"
    start-stop-daemon --stop --quiet --pidfile $PIDFILE
    rm -f $PIDFILE
    log_end_msg $?
    ;;

  restart|force-reload)
    log_begin_msg "Restarting $DESC: $NAME"
    if start-stop-daemon --stop --quiet --pidfile $PIDFILE; then
        start-stop-daemon --start --quiet --background -m --pidfile "$PIDFILE" --exec $DAEMON
    fi
    log_end_msg $?
    ;;
  status)
    echo -n "Status of $DESC: "
    if [ ! -r "$PIDFILE" ]; then
        echo "$NAME is not running."
        exit 3
    fi
    if read pid < "$PIDFILE" && ps -p "$pid" > /dev/null 2>&1; then
        echo "$NAME is running."
        exit 0
    else
        echo "$NAME is not running but $PIDFILE exists."
        exit 1
    fi
    ;;
  *)
    N=/etc/init.d/${0##*/}
    echo "Usage: $N {start|stop|restart|force-reload|status}" >&2
    exit 1
    ;;
esac

exit 0

Em seguida, dê permissão de execução ao script (salvei o arquivo com o nome internetd):

sudo chmod +x /etc/init.d/internetd

Finalmente, para colocar o script na inicialização, o comando é:

sudo /usr/sbin/update-rc.d -f internetd defaults

Caso seja necessário interromper ou reiniciar o script, use o comando sudo /etc/init.d/internetd start/stop/restart.

Depois que atualizei o Ubuntu para 8.04 não tive mais esse problema, porém no Ubuntu 7.10 acontecia constantemente. Além disso, este procedimento só é necessário caso o seu ponto de Internet esteja conectado diretamente ao micro, o que era o meu caso na época. Como posteriormente comprei um roteador com Wi-Fi, todo esse procedimento tornou-se desnecessário, pois o próprio roteador passou a fazer a autenticação PPPoE. Para desfazer as configurações, primeiramente retire o script do init.d com o comando:

sudo /usr/sbin/update-rc.d -f internetd remove

Em seguida, remova a interface PPP que foi criada pelo pppoeconf editando o arquivo /etc/network/interfaces e removendo ou comentando as linhas correspondentes a essa interface. No meu caso, as linhas eram as seguintes:

auto dsl-provider
iface dsl-provider inet ppp
pre-up /sbin/ifconfig eth0 up # line maintained by pppoeconf
provider dsl-provider

UPDATE: os scripts acima estão disponíveis no meu GitHub.


Este vídeo do CollegeHumor faz uma paródia do Matrix, mostrando o que aconteceria se rodasse num Windows. Excelente. Destaque para os segundos finais… ;-)


Muitos tutoriais de Rails para iniciantes, para demonstrarem na prática como é rápido e simples criar aplicações web com ele, explicam como criar um blog em 15 minutos, baseados no screencast do David Heinemeier Hansson, criador do Rails, para o FISL 6.0. Apesar de ser uma aplicação funcional de blog, com opção para criar posts e adicionar comentários, é bastante limitado.

O Typo é uma aplicação desenvolvida em Rails para criação de blogs bastante completa (inclusive encontrei este blog criado com ele). Ele lembra muito o Wordpress, acredito que tenha sido inspirado nele. A interface de administração é muito semelhante à do Wordpress, apresentando basicamente as mesmas opções: criar posts e páginas, ver/aprovar/rejeitar comentários, criar usuários, customizar a barra lateral, etc. Há também uma opção para seleção de temas (outros temas podem ser encontrados aqui) e plugins com diversas funcionalidades, como APIs para Delicious, Flickr, Twitter e outros. Só senti falta das opções de estatísticas de acesso que o WordPress oferece.

A instalação pode ser feita através do comando gem (gem install typo), porém, tentei e não consegui instalar desta forma. Instalei a ferramenta pela versão tgz. Neste caso, basta descompactar a aplicação, copiar o arquivo database.yml.example, no diretório config, para database.yml, editá-lo conforme a configuração do banco de dados, e em seguida executar rake db:create para criar a estrutura do banco de dados. Caso você queira ser avisado por email quando receber comentários nos posts, copie também o arquivo config/mail.yml.example para mail.yml no mesmo diretório, e edite as configurações de SMTP.

O Typo também possui um servidor de feeds RSS/Atom. Porém, na versão atual (5.1.3), recebi uma mensagem de erro ao tentar acessar os feeds. Encontrei o erro no arquivo app/models/article.rb e corrigi substituindo o método link_to_author? (linhas 384 a 386) pelo seguinte:

def link_to_author?
  begin
    !user.email.blank? && blog.link_to_author
  rescue NoMethodError
    return false
  end
end

Um recurso interessante do Google Talk, mas pouco divulgado, são os bots de tradução de textos para diversas línguas. O Google Translate também faz isso, de uma forma mais limitada, mas para a tradução rápida de um texto pequeno, esse recurso pode ser bem útil.

Para traduzir de português para inglês, adicione o seguinte contato ao seu Google Talk: [email protected] . Tudo o que você escrever para este bot, ele responderá traduzido para inglês. Para a tradução inversa, adicione [email protected] . Para outras traduções, veja este link.

PS: O Google Translator tem um famoso bug onde, ao digitar “USA é o pior país do mundo” e selecionar a tradução de português para inglês, a tradução fica “Brazil is the worst country in the world”. Resolvi fazer esse teste no Google Talk, e descobri que o resultado é o mesmo…


Ontem foi lançada a versão final do Firefox 3.0. Porém, como esta versão ainda não está disponível nos respositórios oficiais do Ubuntu, resolvi fazer o download e a instalação manualmente. Por segurança, optei por manter instalada a versão 2, para o caso de encontrar algum problema, ou alguma extensão que considero essencial não funcionar.

Primeiramente, fiz o download do Firefox 3.0. Em seguida, movi o diretório da versão anterior para outro nome:

cd /usr/lib
sudo mv firefox firefox-2.0

Descompactei o Firefox 3.0 neste mesmo local, e movi o diretório para firefox-3.0, criando em seguida um link simbólico para firefox. Desta forma, fica mais fácil voltar a utilizar o Firefox 2 caso eu necessite:

sudo tar xvfj firefox-3.0.tar.bz2
sudo mv firefox firefox-3.0
sudo ln -s firefox-3.0 firefox

Em seguida, você deve habilitar os plugins. Verifique no diretório plugins do Firefox 2 os plugins que estão habilitados:

ls -l /usr/lib/firefox-2.0/plugins/
total 12
lrwxrwxrwx 1 root root   37 2008-05-26 10:03 flashplugin-alternative.so -> /etc/alternatives/firefox-flashplugin
lrwxrwxrwx 1 root root   39 2008-02-28 14:19 libjavaplugin.so -> /etc/alternatives/firefox-javaplugin.so
lrwxrwxrwx 1 root root   36 2008-02-28 14:10 libtotem-basic-plugin.so -> ../../totem/libtotem-basic-plugin.so
lrwxrwxrwx 1 root root   37 2008-02-28 14:10 libtotem-basic-plugin.xpt -> ../../totem/libtotem-basic-plugin.xpt
lrwxrwxrwx 1 root root   34 2008-02-28 14:10 libtotem-gmp-plugin.so -> ../../totem/libtotem-gmp-plugin.so
lrwxrwxrwx 1 root root   35 2008-02-28 14:10 libtotem-gmp-plugin.xpt -> ../../totem/libtotem-gmp-plugin.xpt
lrwxrwxrwx 1 root root   36 2008-02-28 14:10 libtotem-mully-plugin.so -> ../../totem/libtotem-mully-plugin.so
lrwxrwxrwx 1 root root   37 2008-02-28 14:10 libtotem-mully-plugin.xpt -> ../../totem/libtotem-mully-plugin.xpt
lrwxrwxrwx 1 root root   42 2008-02-28 14:10 libtotem-narrowspace-plugin.so -> ../../totem/libtotem-narrowspace-plugin.so
lrwxrwxrwx 1 root root   43 2008-02-28 14:10 libtotem-narrowspace-plugin.xpt -> ../../totem/libtotem-narrowspace-plugin.xpt
-rw-r--r-- 1 root root 9104 2008-04-18 13:43 libunixprintplugin.so
lrwxrwxrwx 1 root root   43 2008-02-28 14:15 mplayerplug-in-dvx.so -> ../../mozilla/plugins/mplayerplug-in-dvx.so
lrwxrwxrwx 1 root root   44 2008-02-28 14:15 mplayerplug-in-dvx.xpt -> ../../mozilla/plugins/mplayerplug-in-dvx.xpt
lrwxrwxrwx 1 root root   42 2008-02-28 14:15 mplayerplug-in-qt.so -> ../../mozilla/plugins/mplayerplug-in-qt.so
lrwxrwxrwx 1 root root   43 2008-02-28 14:15 mplayerplug-in-qt.xpt -> ../../mozilla/plugins/mplayerplug-in-qt.xpt
lrwxrwxrwx 1 root root   42 2008-02-28 14:15 mplayerplug-in-rm.so -> ../../mozilla/plugins/mplayerplug-in-rm.so
lrwxrwxrwx 1 root root   43 2008-02-28 14:15 mplayerplug-in-rm.xpt -> ../../mozilla/plugins/mplayerplug-in-rm.xpt
lrwxrwxrwx 1 root root   39 2008-02-28 14:15 mplayerplug-in.so -> ../../mozilla/plugins/mplayerplug-in.so
lrwxrwxrwx 1 root root   43 2008-02-28 14:15 mplayerplug-in-wmp.so -> ../../mozilla/plugins/mplayerplug-in-wmp.so
lrwxrwxrwx 1 root root   44 2008-02-28 14:15 mplayerplug-in-wmp.xpt -> ../../mozilla/plugins/mplayerplug-in-wmp.xpt
lrwxrwxrwx 1 root root   40 2008-02-28 14:15 mplayerplug-in.xpt -> ../../mozilla/plugins/mplayerplug-in.xpt

Você deve criar esses mesmos links simbólicos no diretório plugins do Firefox 3:

cd /usr/lib/firefox-3.0/plugins/
sudo ln -s /etc/alternatives/firefox-flashplugin .
sudo ln -s /etc/alternatives/firefox-javaplugin.so .
sudo ln -s ../../totem/libtotem-* .
sudo ln -s ../../mozilla/plugins/mplayerplug-in* .

Finalmente, fiz um backup do diretório de configurações que fica no meu home:

cd ~
cp -r .mozilla FIREFOX-2.0_BACKUP

Pronto, o Firefox 3.0 já está instalado. Para retornar à versão 2, basta remover o link /usr/lib/firefox e criar outro apontando para firefox2.0:

cd /usr/lib
sudo rm firefox
sudo ln -s firefox-2.0 firefox

Ao executar a nova versão pela primeira vez, como em qualquer atualização, o Firefox verifica a compatibilidade das extensões que estão instaladas. Algumas extensões apareceram como não compatíveis com o Firefox 3. O Autocomplete Manager, por exemplo, é incompatível, mas foi incorporado ao Firefox 3 e não é mais necessário. Já o Firebug, ferramenta essencial para qualquer desenvolvedor web, tem duas versões: 1.05 para Firefox 2 e 1.2 para Firefox 3. Ao iniciar o Firefox 3 pela primeira vez, você receberá uma mensagem informando que o Firebug é incompatível, e que não foram encontradas versões mais recentes da extensão. Você deve procurá-lo na página de add-ons e clicar em “add to Firefox” para instalar a versão mais recente.

Referência: Instalando Firefox 3 no Centos/RHEL e Fedora